segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

PARTINDO DO SEGUNDO MAPA CONCEITUAL

2°texto de autoria - (produzido em 21/02/09)
Quando falamos em cidadania, logo lembramos de política, de exercício de direitos, de cumprimento de deveres. É enxergando assim que a escola deve incentivar sua comunidade a pensar junto sobre seu papel como cidadão. Cada pessoa é responsável pelo espaço - no caso, seus terrenos, suas casas – que ocupa, mas os espaços usados por todos deve ser responsabilidade de todos. Antigamente, era comum que as famílias exigissem de seus filhos boas maneiras, educação com os mais velhos e que não fizessem certas coisas, como por exemplo, jogar lixo no chão. Hoje, o que vemos são pessoas que deveriam estar dando o exemplo jogando lixo nas ruas de qualquer jeito. Então, resta a escola construir junto com seus alunos e responsáveis por eles que participam junto à escola, a consciência de que ser cidadão também requer ter o hábito de conservar o meio em que vivemos. A escola não deve assumir o papel de educar no lugar da família, mas deve orientar para que certos valores não se percam em meio a esta confusão de conceitos que estamos vivendo no mundo todo.
Durante o desenvolvimento do nosso projeto de aprendizagem, descobrimos que o assunto lixo pode se tornar mais complexo diante de termos que definem de formas diferentes os processos pelos quais o lixo que produzimos pode passar. O termo reciclagem que tanto ouvimos falar em todos os veículos de comunicação e que trabalhamos em sala de aula, deve abrir espaço para os termos separação e reaproveitamento. É comum ver nas escolas os latões para separar os diversos materiais que são recicláveis ou não (seco e orgânico), portanto, a importância de se trabalhar estes termos é justamente para mostrar que nossos alunos estão participando de um dos processos importantes que o lixo passa: a separação, para que tome seu destino e assim seja reaproveitado ou reciclado. Apesar de parecer que iremos gerar a maior confusão, estes termos são importantes para o trabalho que se segue nas linhas da separação, pois quando abordamos a geração de renda através do lixo, podemos encontrar o setor que se sustenta a partir da própria separação e venda de materiais; o setor que gera renda com o reaproveitamento de lixo – o artesanato, por exemplo – e o setor que dá, talvez, um último destino para o lixo, transformando-o em um determinado material com alguma outra finalidade, que é o setor de reciclagem, onde podemos ver uma lona velha, por exemplo, sendo transformada em mangueiras, garrafas “pet” sendo transformadas em fios que tecem tecidos, etc.
É a partir do conhecimento concreto que podemos fazer com que não seja apenas mais um conteúdo trabalhado durante o ano, mas que nossos alunos tornem-se cidadãos conscientes e multiplicadores de seus conhecimentos, fazendo com que a escola exerça seu verdadeiro papel: de espaço para a construção da aprendizagem. Assim como nós professores que também somos alunos e que estamos a cada dia, descobrindo novos caminhos, errando e acertando para que possamos sempre levar nosso trabalho da melhor forma possível, mas nunca completa, pois acreditamos que sempre teremos mais a aprender.

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