quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Projeto Reciclagem na Escola




PROJETO RECICLAGEM NA ESCOLA


(Passos que foram importantes para a construção do primeiro texto de autoria)


Concluída uma primeira etapa do texto de autoria. Mais pesquisa chegando e idéias surgindo. O texto ainda está se construindo. Mail de um colega de Três Cahoeiras, Edson, sugere algumas pesquisas e algumas reflexões bem pertinentes.Importante a participação de colegas de outros Pólos. Um retorno do que aconteceu na aula presencial ocorrida dia 15 de janeiro na FACED, UFRGS. A manifestação do colega tem um significado positivo no contexto do encontro que houve. Mais do que a satisfação de ter motivado um colega a se posicionar, o e-mail aponta para uma modesta evidência, a de que a exposição feita sobre o Projeto Reciclagem na Escola, no debate promovido pela Professora Nádie Machado, contagiou pessoas e promoveu a interação entre Pólos. A ação, com certeza, vem somar e contribuir. A manifestação espontânea da colega Tatiani Roland, que realiza um excelente trabalho na Sala Verde, em Alvorada, em relação a nomenclatura utilizada, também corrobora para o engrandecimento do Projeto. Mail recebido há pouco da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Alvorada, me dá a posição a posição desta em relação aos termos utilizados em reciclagem e seus significados. A indicação de publicações que falam dos problemas da China e da Itália em relação aos resíduos, vinda da Profa. Nádie Machado, trouxe um outro ponto de vista para a discussão do presente tema. Há pouco, recebo mail do Professor de Artes João Stasiuk, que leciona no EJA da Escola Municipal Alfredo José Justo, em Alvorada, comunicando a disposição em trazer subsídios à pesquisa. Sua clara e analítica visão sobre arte, educação e meio ambiente,sem dúvida, poderá ajudar a repensar o formato final do texto. O riquíssimo depoimento do Jornalista Ronaldo Martins Botelho, Professor da Faculdade de Comunicações na Universidade do Paraná, que trouxe à discussão conceitos como cidadania, democracia, participação, dentro e fora da escola, foi uma referência de inconfundível qualificação. Certamente, esse é um quadro muito rico de um projeto cujas variantes surgem de vários segmentos. Um Projeto envolvendo pessoas com graduações específicas nas áreas da psicologia, jornalismo, arte, política, biologia, pedagogia etc.,e que se entrelaçam diante da necessidade de análise para buscar responder uma questão: Reciclagem na Escola Constrói Cidadania? Artur Madruga

domingo, 18 de janeiro de 2009

Encontro Presencial Pead Intensivo Verão 2009

ASSOCIAÇÃO DE PESQUISA E PRÁTICA SOBRE O LIVRO INFANTIL
8, Rue de Lille - 92000 Nanterre - France
Tél: 0141306036 - http://www.arple.net/ contato: contact@arple.net
Encontro que tive com Madame Françoise de Chalonge, na Fête d'Associations em Nanterre, setembro de 2008. Bibliotecária especializada em literaratura jovem, foi diretora durante 19 anos da biblioteca Club de Vanves ( onde manteve oficinas e biblioteca para jovens). Formadora da ARPLE, realiza conferências e estágios de análises para atividades públicas de professores, bibliotecários, educadores, personnel petit enfance, animadores e pais). Leitora dedicada a creches, escolas maternais e primárias. Madame de Chalonge manifestou interesse no Projeto de Intercâmbio Estudantil entre Alvorada e Nanterre, para trocas pedagógicas sobre a questão do livro infantil e o contar histórias. Ao nosso lado um monitor, contador de histórias, morador de Nanterre Ville.

Doou dois guias de livros infantis da Associação ARPLE, nºs 17 e 25: Des Livres à Leur Mesure (para crianças entre 3-6 anos) e 50 Romans pour les 11/15 ans ( hors série). Madame Dechalonge acompanha nosso trabalho de construção pedagógica na UFRGS, desde a França, através de nossos Blogs.

Mapa Conceitual Reciclagem




Reciclagem







sábado, 17 de janeiro de 2009


Psicologia da Vida Adulta


Texto construído conforme as teorias de Maturana, que fala sobre a necessidade da existência de um motivo, uma emoção que leve à uma ação. E em Erikson, conforme o texto de David Elkind, As Oito Idades do Homem, enfatiza que "a vida é uma mudança constante e que resolver problemas, em qualquer estágio determinado da vida, não constitui garantia contra a ocorrência de novos problemas, nem contra a descoberta de novas soluções para problemas anteriores, em estágios subsequentes.


Zé, um cidadão em construção.

Artur Cristovão Madruga Martins

José, um brasileiro que trabalhava na construção civil resolvera voltar a estudar. 20 anos e muita esperança pela frente. A namorada engravidara. Não havia como continuar a fugir da verdade. Deveria voltar a estudar, já que a mãe sempre lhe avisara que a única forma que tinha de transformar a vida era através do estudo. A não ser, claro, se ganhasse algum prêmio nas loterias oficiais. Impossível ficar preso a essa ilusão, o negócio mesmo era estudar.
Seu filho estava sendo gerado numa moça com quase 18 anos. José, era chamado de Zé por todos. Um apelido bem popular em seu país.
Zé jogava bola aos domingos no campinho que ficava no fim da rua, ao lado do arroio. Zé não gostava muito do que via, os sacos plásticos com lixo que a vizinhança jogava dentro da água. Os sacos se empilhavam à beira das encostas e, quando chovia, ele tinha que enfiar os pés na água contaminada que transbordava, para não desistir da sua pelada de fim de semana.
Nesses dias sentava com os amigos depois do jogo para tomar a sua cervejinha de fim de semana. Naquele boteco de madeira envelhecida, Zé discutia com a rapaziada a sapatada que o presidente americano havia levado até , o filho que vinha, a ameaça de desemprego, a inscrição que fizera para estudar no EJA da escola do bairro. Os amigos de bola tinham as mais diversas profissões. Eram motoboys, oficeboys, empacotadores, balconistas, flanelinhas Zé sabia que o seu trabalho era pesado e que ele estaria sempre arriscando o leite para a mamadeira do filho.
Certo dia Zé chegou em casa e viu que tinha um telegrama. A escola estava lhe chamando. Chegara a sua vez, a fila acabara. Foi à escola e fez a matrícula. Estudaria à noite.
Foi uma experiência muito importante para Zé. Na escola descobriu que aquilo que ele fazia lá fora, que ele discutia, que os problemas da comunidade, que a vida do bairro onde vivia, era importante para a escola. Zé participou de entrevista quando os professores apareceram em sua casa, de repente, para fazer várias perguntas sobre o que ele pensava a respeito de segurança no bairro, o acesso ao atendimento à saúde, o recolhimento de lixo, etc.. Os professores não se importaram com o seu barraco, disse aos amigos no outro domingo. “Pena que não avisaram que iriam aparecer que eu iria providenciar uma erva pra gente tomar um chimarrão, mas eles disseram que não poderiam avisar porque queriam ver como era mesmo a minha realidade, de verdade”.
Zé aprendeu a ver melhor as coisas, desde que com as coisas que os professores recolhiam de sua realidade começaram a ser discutidas na escola que ele estudava. Ele nunca imaginara que a escola estava tão diferente do que acontecia quando ele pequeno. Aprendeu que ouvindo os outros e falando sobre si estava trocando experiências. Ao trocar experiências e discutir sobre o resultado das pesquisas que os professores haviam feito, Zé foi ouvindo depoimentos que lhe fortalecia a vontade de agir na comunidade, de participar da associação de moradores do bairro, de ser mais solidário.
Em seguida ele participou do que os professores chamaram de intuição. Os professores haviam discutido os resultados dos debates que os alunos haviam feito sobre as pesquisas e elegeram um filme para poder ampliar as trocas e planejarem suas aulas. Zé ouvia e participava, curioso com o que seria o resultado das ações que procuravam integrá-lo.
Zé se construía diariamente estudando no EJA. Eram palestrantes que vinham esclarecer e formar a todos. Muito do que Zé imaginava como certeza permanente, descobrira ser provisória. De permanente mesmo ficavam as dúvidas. Seguidamente os professores convidavam Zé a expor suas idéias e conclusões sobre os assuntos que eram propostos em sala de aula, lá na frente. Para a turma toda. Não havia provas como antigamente e a avaliação era feita pela participação dele, pela sua contribuição às aulas e as trocas que ele fazia com os colegas. Zé descobriu, por exemplo, que muita coisa que ele achava certa, imutável, não tinha obrigatoriamente que ser daquele maneira. Que o que era senso comum, poderia, através da reflexão e pesquisa, do questionamento, fazer parte de um novo senso em sua vida, um senso que o qualificou como cidadão e que o fez tomar consciência das coisas à sua volta, da sua própria vida e de suas responsabilidades e direitos nessa nova sociedade que passara a vislumbrar. O seu novo senso tinha um importantíssimo nome, era transformador, construtor. Esse senso era o Senso Crítico.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PSICOLOGIA DA VIDA ADULTA

PSICOLOGIA DA VIDA ADULTA



No texto da Profa Luciane M. Corte Real, Transformações na Convivência Segundo Maturana, no item 3, Encontro com o emocionar do outro, conseguimos encontrar uma síntese que define o pensamento de Maturana. Diz o parágrafo: "Quando, numa conversação, muda a emoção, muda também o fluxo das coordenações de coordenações comportamentais consensuais e vice-versa. O entrelaçamento do linguajar com o emocionar se estabelece na convivência, adquirindo uma estabilidade que gera consensualidades. Podemos observar redes de conversação que configuram relações hierárquicas baseadas no medo. Outras, que configuram relações mais heterárquicas, baseadas no amor. Se levarmos isso ao cotidiano das relações entre educadores e educados, também podemos verificar que tais EMOÇÕES condicionam posições frente à aprendizagem, facilitando-a ou dificultando-a." No parágrafo seguinte é importante colher para a nossa afirmação, a seguinte frase: "As relações feitas no parágrafo anterior permitem concluir que o emocionar define a ação e também a transforma. Todo linguajar se apóia num suporte emocional que pode mudar com o curso das emoções." Quer dizer, para Maturana, a ação depende da emoção. Tem que existir uma motivação emocional para que se estabeleça a movimentação, a busca.
Erickson, de acordo com o texto de David Elkind intitulado As Oito Idades do Homem, segundo Erik Erikson, existem "oito estágios no ciclo de vida humana, em que cada um dos quais se torna uma nova dimensão de interação social, que quer dizer, uma nova dimensão na interação da pessoa consigo mesma e/ou com seu ambiente social." O texto apresenta, ao final, um trecho bem esclarecedor sobre a contribuição de Erickson à psicanálise. "Erikson sugere que existem crises emocionais que são exclusivas de cada estágioda vida, inclusive na meiaidade e na maturidade. Essa colocação, deixa livre o clínico para tratar os problemas emocionais dos adultos, como fracassos, pelo menos em parte, na solução das crises de personalidade genuinamente adultas e não, como até aqui, como meros resíduos de frustrações e conflitos infantis....essa idéia sobre crescimento da personalidade, tira dos ombros dos pais uma parte do ônus pelo desenvolvimento bem sucedido, além de levar em consideração o papel que a própria pessoa e a sociedade desempenham na formação do indivíduo."
Baseado nesses dois argumentos, de que a emoção gera por uma motivação leva a ação, segundo Maturana e que, diante da possibilidade de superação de crises emocionais exclusivos de cada estágio de desenvolvimento da vida, segundo Erikson, desenvolvi a história de Zé, Um Cidadão em Construção. A história mostra claramente os motivos para a transformação de vida que ocorre com Zé, que luta por uma vida diferente daquela que levava, ao ingressar novamente na escola, já adulto, diante da inesperada gravidez da namorada. Ele teria todos os resíduos de infância para ter partido para o mundo das drogas, do roubo e do crime, devido a sua vida de extrema carência financeira e afetiva. Zé fora criado sem pai, morava num barraco à beira de um arroio. Com a emoção gerada pela chegada do filho, buscou soluções, mesmo que a médio prazo, que o ajudaram a superar obstáculos e resolver problemas. Mais, Zé fortaleceu a sua capacidade de reconstrução interna, ao ingressar no EJA e, tendo a sua vivência trazida para a escola como importante para a mesma, a transformação do seu senso comum em senso crítico.


quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

RECICLAGEM NA ESCOLA CONSTRÓI CIDADANIA?


PROJETO DE APRENDIZAGEM

PERGUNTA INVESTIGATIVA:

RECICLAGEM NA ESCOLA CONSTRÓI CIDADANIA?


A construçao da cidadania passa pelas ações que se diversificam e pelas responsabilidades que se afirmam nas trocas entre os vários segmentos da sociedade. É papel da escola buscar nesse contexto a reflexão cidadã? Um magnífico projeto de pesquisa para se buscar caminhos e apontar alternativas possíveis. Juntos podemos aproveitar a oportunidade para discutirmos essa importante questão da convivência urbana.