sábado, 17 de novembro de 2007

Visita à 6ª Bienal do Mercosul

6ª BIENAL DO MERCOSUL - VISITANDO JORGE MACCHI NO SANTANDER CULTURAL






Foi uma visita inesquecível. Tudo o que vi e estudei sobre arte me projetou para o instante da visitação no Espaço do Santander Cultural, com a obra Fim de Filme, de Jorge Macchi. Como diz no Portfólio Pedagógico da Bienal:"Em algumas das suas obras, Macchi trabalha com a repetição do acaso e com as coincidências forçadas. Fatos que estatisticamente se dão somente uma vez, ou supostamente caótica e imprevisivelmente, acontecem novamente. Com isso, a obra demonstra a possibilidade inesperada do que se supõe ser uma possibilidade." Poder passear pelos dois lados linkando trabalho a trabalho foi fantástico, conduzidos que fomos pelo mediador Thales Speroni. Muito competente no seu trabalho, Thales demonstrou um entusiasmo e conhecimento que me contagiou, a ponto de ter levado meus alunos na semana seguinte para a visitação ao Jorge Macchi. Agendei o mesmo mediador e consegui o acompanhamento dele para os 40 alunos que levei de 5ªs e 6ªs séries. Eles ficaram como que hipnotizados pelas obras e pela condução do Thales. Durante todo o percurso e as explicações, houve uma total e espontânea concentração. Im pressionante o interesse que os alunos tiveram. Alguns me olhavam e diziam: Bah, professor, que legal que ele é! Na sala perfurada ele mostrou a festa que só existia dentro deles, como se o globo suspenso no ar tivesse deixado o negativo de suas luzes pelo ambiente. Caminharam rápido, com o Thales, no segundo piso, imaginando que os pedaços do Rio Sena distribuído nos pequenos quadros, de onde foram retiradas as pontes de Paris, estivesse correndo. Bateram palmas para criar o rítmo de um caderno de música sobre um pedestal, que o mediador mostrava e folheava. Sentaram no chão com o Thales, para perceber os sons criados com a passagem dos veículos, na pauta musical sobre um asfalto imenso projetado na parede. Viram a água que não existia e o colorido das sombras. Descobriram a possibilidade de caminhos diante de um vidro partido. A tempestade musical e as pegadas de barro, bem como compreenderam que era muito importante "tirar os pingos dos is", ao invés de pô-los.

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